Esbá, Esbat ou Esbbath nada mais é que uma celebração da Lua que herdamos do povo druida. Segundo eles os esbats celebaravam as 13 luas, cada uma com uma característica diferente e, portanto, com energia diferente. Isso forma um calendário de 13 meses e 28 dias cada sem a necessidade de ano bissexto ou sem a grande bagunça que temos no calendário gregoriano que usamos atualmente. As 13 Luas dos druidas começam a contar a partir da primeira lua cheia depois do solstício de inverno que aqui no hemisfério sul (e pra quem comemora os sabbaths pela roda do sul) acontece no dia 21 de junho.
Pode-se celebrar os Esbbaths em qualquer fase da lua, ou apenas em fases especificas – isso fica a seu critério e a escolha de que fase celebrar varia com o que você sente vontade de trabalhar -. Ainda assim muitas tradições preferem celebrar os esbats na lua cheia justamente por ela ser a fase que mais possui energia e poder mágico. De toda forma cada fase possui um tipo de energia que pode ser usada e celebrada durante os esbats. Para saber mais sobre a energia das fases da lua, clique aqui.
A forma de celebrar o esbbath é muito variada. Por não existir nada bem definido sobre o que se deve fazer no esbá, você deve ser criativo e entender a energia da Lua para usá-la a seu favor. Numa comemoração de esbbath você pode reverenciar o Deus e a Deus, fazer uma meditação ou até um ritual mais complexo. É possível apenas oferecer uma oferenda, ou partilhar uma refeição, tudo depende da disponibilidade e do desejo d@ praticante.
Os esbats também podem ser celebrados seguindo divindades específicas. Por exemplo, se você vai celebrar numa lua cheia, escolha uma Deusa que tenha a face da Mãe bem aflorada, ou se for celebrar numa lua minguante, escolha uma Deusa que possua a face da Anciã aflorada.
Algumas tradições celebram os esbbaths de acordo com as Lua Cheias do mês através daquela lógica do calendário druida, ou seja, cada lua possui uma finalidade específica. Esses esbbaths pedem uma dedicação maior pois cada lua marca o inicio de uma meditação direcionada para alguns aspectos da vida, trazendo reflexão e observação dos nossos hábitos e leva @ praticante a rever atitudes e posicionamentos. Agora vamos entender um pouco sobre cada uma das treze luas.
As Treze Luas
Primeira Lua: A Lua do Lobo
Essa lua trás a reflexão do todo se tornando um. Nesse esbat os trabalhos em equipes são apreciados, fazer parte de algo maior, unir forças. É o momento de parar e rever suas atitudes relacionadas ao orgulho e equilibrar quando ser o lobo solitário e quando trabalhar com a matilha. As cores para trabalhar essa lua, são o branco, o cinza e o azul.
Segunda Lua: A Lua da Tempestade
A Lua da tempestade mostra que nossas ações provocam reflexos. Não podemos colher morangos quando plantamos limões, logo devemos nos preparar para receber o que merecemos. Se fizer uma relação direta com os sabbaths, essa lua também trás a força do imbolc que representa limpeza, renovação, e busca por boas coisas. Concentre-se no crescimento, no renascimento das boas energias e de tudo que é positivo, para que a colheita seja positiva quando chegar o momento. As cores para trabalhar essa lua são o marrom, o preto, o verde.
Terceira Lua: A Lua da Castidade
Essa lua nos traz as três faces da Deusa e nos lembra que elas estão sempre presentes. A ternura e a curiosidade da donzela, a fecundidade e a energia da mãe, a sabedoria e o poder da anciã. Essa lua acontece normalmente próximo da chegada da primavera, e isso mostra a natureza voltando a acordar de sua hibernação e renovando sua vitalidade. É o momento de deixar florescer aspectos que estão guardados dentro de você para trazer a evolução e a alegria que a primavera nos traz. As cores para esse esbá são azul claro, verde claro ou rosa claro.
Quarta Lua: A Lua das Sementes
Essa lua como seu próprio nome diz, nos leva a perceber que é chegado o momento de começar projetos, iniciar cursos, relacionamentos e coisas que podem mudar a sua vida. É claro que toda ideia deve ser acompanhada da ação. Não adianta ter a ideia e não vibrar e organizar suas atitudes para fazê-la acontecer. Essa lua também nos leva a refletir sobre nossas atitudes, ou seja, como nosso comportamento e modo de agir interfere nas sementes que plantamos e queremos colher? As cores para esse esbat são o verde e o marrom.
Quinta Lua: A Lua da Lebre
Esta é a lua do autocontrole. Ela nos ajuda a perceber os nossos excessos. Tenha cuidado com as influências de palavras negativas que podem afetar as suas decisões e como você enxerga o mundo. Essa lua nos mostra que temos potencial para conseguir o que desejamos porém, a pressa sempre pode atrapalhar. Se planeje da melhor forma possível. As cores são o roxo, o branco e o azul.
Sexta Lua: A Lua da Díade
Essa lua nos faz refletir sobre o tempo. O tempo cura muitas feridas e também pode trazer tesouros que tanto almejamos. Deve-se celebrar coisas positivas e pedir que o tempo as traga junto com a sabedoria para lidar com as coisas que o caminho reserva para você e sua jornada mágica. As cores para esse esbat são dourado e prata.
Sétima Lua: A Lua do Feno
Essa lua revela uma conexão forte com a nossa intuição. É uma boa lua para trabalhar com revelações e mediunidade. Além disso é uma lua que possui fertilidade e sensualidade, ou seja, é uma ótima lua para celebrar o amor e fazer encantamentos e feitiços relacionados a ele. As cores são o branco, o cinza e a prata.
Oitava Lua: A Lua de Cerveja ou do Milho
A paciência é a virtude que devemos perceber e trabalhar nesta lua. Devemos perceber que tudo segue seu fluxo e ciclo de forma natural. É um período semelhante ao tempo de espera, que não fazemos tantas coisas e percebemos que o que foi feito está tendo andamento e que os resultados logo chegarão. Aproveite para fazer purificações e perceber seus hábitos e atitudes. Logo chegará um momento de renovação e tudo que não nos serve deve ficar para trás. As cores para esse esbá são o laranja e o dourado.
Nona Lua: A Lua da Cevada
É a lua que devemos celebrar a sabedoria e o conhecimento. A astúcia é uma ferramenta que se conseguimos usar bem, evitamos coisas ruins ao mesmo tempo que atraímos coisas boas. A cor característica para esse esbá é marrom, ou amarelo.
Décima Lua: A Lua do Vinho
A criatividade é o destaque dessa lua. A intuição também se afia nesse período e podemos unir essas duas coisas para encontrar soluções ideais para o que se tem procurado. A cor característica dessa lua é o vermelho.
Décima Primeira Lua: A Lua de Sangue
Essa lua se relaciona com a aproximação do inverno e com o inicio do adormecimento da terra. É uma época para agradecer e pedir proteção para os Deuses rente as dificuldades que podem surgir. Devemos meditar sobre os ciclos da natureza e honrar nossos ancestrais e nos livras de maus hábitos e buscar a harmonia. O vermelho também é a cor característica desse esbá.
Décima Segunda Lua: A Lua de Neve
Essa Lua possui uma força misteriosa e antiga e por isso nela fortalecemos a nossa conexão com o divino. O inverno está bem próximo e a terra se prepara para adormecer e por isso devemos estar em paz conosco e com os outros ao nosso redor. Como dito, é o momento para a conexão com as forças superiores e para honrar o Deus e a Deusa. As cores para esse esbbath são a prata, o cinza, o verde escuro e o azul-claro.
Décima Terceira Lua: A Lua do Carvalho
É a lua relacionada com o Senhor do Carvalho. Ela marca mudança e recomeço. Ela mostra o final de um ciclo e o inicio de outro. Devemos aprender a entender e aceitar as mudanças pois tudo mudará de qualquer jeito. Ouça sua voz interior. Faça uma retrospectiva do que você viveu nessas Luas, o que você aprendeu, o que você falhou e trace planos para o próximo ciclo. As cores para o esbbath dessa lua são o vermelho, o branco e o verde.
Essas luas podem sofrer algumas alterações de acordo com quem escreve sobre elas, não há um consenso sobre os nomes das lunações mas mesmo assim, elas seguem uma lógica parecida. Como alguns praticantes fazem a relação das luas com os meses a lua do vinho seria como uma décima terceira lua que ocasionalmente acontece no ciclo de 12 meses de 30 e 31 dias.
Observando a Lua,
Izäel Alleff
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